Graffiti de todo dia

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Os grafiteiros são artistas urbanos que amplia nosso horizonte artísticos, por meios de diversas ações e intervenções artísticas, produzindo um aquilombamento cultural em praças e ruas, afim de elevar o campo das oportunidades de jovens e crianças a partir das oficinas.
d4207a2a5cNo entanto, apesar de todas as contribuições artísticas culturais e sociais que esses artistas do grafite oportunizam a nossa sociedade eles não estão alheios às catastróficas ondas de da violência que atinge a capital baiana, sobretudo se observamos que há a digital do estado, por meio da polícia militar e a Guarda Municipal em Salvador, que é a mesma que assombra toda a nação brasileira, com constrangedoras formas de atuação que incide contra o povo, sobretudo, e principalmente nas comunidades mais carentes entre os 163 bairros da capital baiana.
O mapa da violência, tem em seus dados que 56 mil pessoas são assassinadas por ano no Brasil. 30 mil são jovens. Destes, 77% são negros
Baseado nessa assombrosa estatística, é importante trazer a luz dessas pesquisas um olhar mais acentuado e esclarecedor nas investigações sobre esses jovens que compõe as trincheiras, que estão ás margens das oportunidades e também alimentando índices alarmantes de analfabetismo, abandono e sangria sem precedentes.
Esses eixos são apenas elementos superficiais da negação a garantia dos direitos e a negação primordial ao ser humano, se compararmos de forma cuidadosa a constituição no artigo 5º.  É elementar que o combustível que incendeia essa violência contra esses jovens artistas, são a localização, a negra cor e desamparo cultural e social, tendo como principal ingrediente o racismo e o preconceito
Ante a tão fragilizada inserção nesse campo e um índice tão grande de exposição a violência que abatem os jovens das linguagens urbanas é algo extremamente descomunal frente a falta de oportunidades, e sobretudo, diante ao seu mais novo promotor de execuções e acoitamento, a Guarda Municipal de Salvador
No que tange as diversas lutas pela sobrevivência, e mesmo que estejamos ensejando contra os golpes, sem contra golpear, diante de arcabouços remanescentes do processo escravocrata, continuamos a apontar os diversos índices, isolados ou de cunho nacional como os diversos casos ocorridos no Brasil, em especial o caso de tentativa de homicídio ocorrido no Rio de Janeiro, no dia 21/01/2016, contra 03 jovens grafiteiros.
Do início do ano até os dias de hoje, temos observado que as agressões contra esses artistas aqui em Salvador-BA, vem se acentuando consideravelmente chegando a ser pontuado casos de assassinatos em plena luz do dia, como foi caso recente de um jovem de 12 anos que após pisadas na cara e no tórax veio a óbito.
Temos consciência que certos homicídios ou tentativas de homicídios que alimenta o mapa da violência não constrange o estado, não escandaliza a população e não virá debate mais duro, pois a lógica é do descaso e desrespeitos, mas os artistas grafiteiros continuarão oferecendo a sua arte de forma integral e aquilombada.
Dhay BorgesCoordenador Nacional de mobilização /CENCoordenador Nacional da Frente Contra a Redução da Maioridade penalEx- Conselheiro Nacional de Segurança Pública- Conasp

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