Entrevista com grafiteiro Bruno wiw
Nome: Bruno Fonseca, artístico é Wiw
Quem é você, crew, bairro, cidade?
Sou artista urbano.
Minha crew é o graffiti. Moro no Barbalho. Salvador - Ba.
Quanto tempo você pinta?
Iniciei na pintura de pincel em 2002 , a partir de 2004, comecei com
spray.
Qual seu estilo?
Tenho um estilo versátil de técnicas mistas, letras e
personagens, com lixo colagem isopor escultura em 3d
Por que faz graffiti e como começou?
Eu comecei a escrever e pintar,
porque sou apaixonado pela arte. O graffiti é uma forma de desmascarar as
falsas verdades, além de nos dar liberdade para imaginar muitas possibilidades.
Na infância, já era apaixonado
pelo desenho a aerografia, esculturas e graffit,i praticava alguns traços
primitivos. Um certo dia, um vizinho me presenteou com desenho de graffiti, no
qual havia um personagem
riscando com uma lata de spray que com traços tosco em um papel de
caderno. Fiquei muito encantado com o rabisco, daí por diante, tudo o que era
spray, passei a utilizar para riscar, riscava com presto-barba no espelho,
mata-bicheira, tinta de cabelo e, a cada dia, os traços de areografia me
furtava mais o olhar para a arte. Aos 14 anos, vim morar definitivamente em
Salvador, comecei, então, a pintar de pincel. Em 2004, conheci alguns
grafiteiros, com os quais passei a conviver
e vivenciar múltiplos traços e
estilos. Depois, passei a participar de eventos e debates para reforça a minha
busca que não foi fácil até hoje não é, viver da arte no Brasil é uma tarefa
árdua.
O que você quer dizer com o
seu graffiti?
Meu grafite é transformador,
escrevo com intuito de denunciar e alertar as pessoas de forma agradável e
explícita.
Você se inspira em algo ou
algum artista?
A inspiração advém de várias
elementos do cotidiano, tanto da música, como de uma pessoa, de um local
qualquer, de uma obra artística ou de um escritor de graffiti, mas a natureza é
minha maior inspiração
Quando iniciei a cena do
"graffiti" em Salvador, ela veio como mais uma grande barreira para
meu aprendizado, as "crews" eram fechadas, não havia apoio para
novatos e nem entre grupos. Os grafiteiros que aprimoravam as técnicas do
graffiti, viajavam para outros estados ou país e não faziam questão
compartilhar as novas ideias. O tempo foi passando, caímos na real, percebemos que vivíamos em um
pensamento retrógrado, tínhamos parado no tempo, portanto, precisávamos nos
unir e compartilhar técnicas e valorizar uns aos outros. Depois disso, o
"graffiti" cresceu muito rápido na cidade e, a cada dia, conheço
novas e novos grafiteiros. A tamanha explosão artística urbana que vem ocorrendo nos últimos
tempos, assustou-me, de forma positiva, claro, a variação de estilos, estudos, cores e interesse pelo graffiti é
muito bom para a arte. A liberdade de expressão e o prazer de viver da arte é
meta em buscar mais a união, a fim de
levar a critica em formato de cor a toda sociedade.
O que diria para quem está
começando a grafitar?
Tudo que fazemos com amor é
perfeito, a arte como qualquer outra profissão tem que ser feito com prazer.
Precisa ter foco, treino e bastante estudo, além de muita pesquisa, teste e
exploração de novas técnicas ,materiais e estilos.
Além de grafiteira quem é
você?
Cidadão honorário. Artista
plástico, escultor, ilustrador, Artedu, aderecista, cenotécnico e pintor de
artes audiovisual.
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